NOVA DATA 14 A 16 DE MAIO 2021 - PELOTAS RS

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA DIMINUIR CUSTOS COM ENERGIA E MELHORAR A PRODUÇÃO DO CAMPO

No segundo dia do Fórum Internacional: O Arroz na Segurança Alimentar, na tarde desta quarta-feira (06), empreendedores da cadeia orízicola rurais puderam conferir, no primeiro painel do dia, soluções para o aprimoramento da produção, com racionalização dos sistemas que interferem diretamente no custo da lavoura. O evento integra a programação da Expoarroz 2015, que ocorre no Centro de Eventos de Pelotas, Rio Grande do Sul.

No terceiro painel do seminário, intitulado Tecnologias para o produtor produzir mais e melhor , foram apresentadas propostas de uso racional de energia elétrica, componente importante na contabilização de custos da lavoura de arroz; sugestões para a diversificação da atividade produtiva, com ganho de renda, sem prejuízo à atividade agrícola; e novo sistema de irrigação, capaz de racionalizar o uso da água, com consequente diminuição de custos.

Alternativas para o produtor encarar o aumento de 100% no custo da energia elétrica, contabilizado desde 2012, foram descritas pelo diretor comercial do Grupo Energia Brasil – Gebras -, Fabrício Iribarrem. Segundo Iribarrem, por não ter conhecimento especifico do setor elétrico, o consumidor acaba utilizando um enquadramento tarifário que não condiz com sua característica de consumo, o que acaba gerando um gasto desnecessário com este insumo.

Análise diagnóstica e tarifária é suporte para produtor, avalia diretor da Gebras

O primeiro passo aconselhado pelo diretor da Gebras é justamente a análise diagnóstica e tarifária da propriedade, trabalho que busca adequar as características do empreendimento à melhor classificação dentro do sistema de tarifação energética. Na safra atual, o aumento no custo da energia refletiu incremento de 33% na produção, de 50% a 80% para o setor de secagem e armazenagem e de 70% na indústria. Análises técnicas permitem que tanto a produção, a secagem e a industrialização possam optar pelo enquadramento tarifário apropriado, a geração própria em ponta e a compra direta da matriz produtora de energia.

Energia eólica – Como suporte financeiro alternativo em tempos de recursos escassos e retenção de crédito, o diretor do Sindicato da Indústria Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica) e da empresa DGE, Guilherme Sari, apresentou aos orizicultores as vantagens que podem ser obtidas com o arrendamento das terras para a geração de energia sustentável. Segundo Sari, a empresa realiza estudo de viabilidade técnica nas propriedades e conforme os resultados apresenta proposta de arrendamento para instalação das torres de geração eólica, que em média ocupam menos de 5% da área física total da terra. “O produtor tem uma renda mensal fixa, não arca com custos de instalação e mantém  sua atividade prioritária”, destacou.

O mercado de energia eólica tem grande potencial no Estado e no país, avalia o diretor do Sindieólica. O Rio Grande do Sul é atualmente o quarto maior produtor de energia, com potencial para chegar ao terceiro lugar. O Brasil subiu cinco posições, passando de 20º em 2012, para 15º em 2013.

Nova tecnologia foi apresentada no Fórum Internacional

Racionalização – Luciane Leitzke, representante comercial da Delta Plastic, apresentou nova tecnologia vinda dos Estados Unidos, que configura solução para uso racional da água nas lavouras de arroz. Trata-se de mangueiras plásticas que realizam irrigação superficial da lavoura e já está sendo usada nas duas últimas safras, a última em caráter comercial. Representa economia de 25 a 30% no consumo de água, refletindo diretamente na diminuição de custos de produção.

O painel teve a participação ainda do superintendente do Senar-RS, Gilmar Tietbohl, como moderador, e dos debatedores Pedro Nolasco (Quero-Quero), Sérgio Abreu (CEEE), Fábio Rodrigues (Farsul) e Marcio Silveira (Agropecuária Canoa Mirim.

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