NOVA DATA 14 A 16 DE MAIO 2021 - PELOTAS RS

ÚLTIMO DIA DE FÓRUM COM LANÇAMENTO IMPORTANTE AO SETOR

n/dNesta quinta-feira (18), a partir de 9h, o auditório do Centro de Eventos de Pelotas novamente recebeu o público para mais uma temática do Fórum Internacional: o Arroz na Segurança Alimentar, evento simultâneo que acontece na Expoarroz 2013. O momento marcante do último dia dos painéis foi a apresentação do Projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro, que será chamada de Brazilian Rice, e possui objetivo de aumentar a exportação e a promoção dos produtos brasileiros.

O primeiro painel sobre Desenvolvimento de Alimentos Premium, dentro do tema do dia, Alternativas de Usos para Arroz, contou com palestra de Moema Nunes, diretora adjunta de Planejamento, Programas e Captação de Recursos da AGDI e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do engenheiro químico, José Roberto Delgado, diretor e fundador da Cerealle Indústria e Comércio de Cereais LTDA. Em questão, economia e consumo. Cada palestrante teve 25 minutos para sua apresentação. Os debates foram entre Cláudia da Costa, engenheira química, o diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e diretor do Sindicato das Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul, Marcos Oderich, o presidente da Cooperativa Arrozeira de Palmares, João Batista Camargo Gomes, o coordenador da Comissão da Produção Orgânica do RS (Mapa), José Cleber Dias de Souza e a engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maria Laura Mattos.

O segundo painel iniciou por volta de 11h, com apresentações do prefeito e Rio Pardo (RS), Fernando Schwanke e da analista de inteligência do Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul (CIN) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e responsável pela área de inteligência comercial internacional, Marina Finestrali. Os debatedores foram Mário Pegorer, gerente comercial da Guacira Alimentos, Júlio Centeno, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado, o coordenador do Projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro, André Anele e Onélio Pilecco, presidente da Pilecco Nobre Alimentos LTDA.

Além de liderar Rio Pardo (RS), Schwanke é responsável pelo planejamento estratégico do projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro. Em palestra, mostrou um mapa estratégico do setor orizícola e abordou benefícios e diferenciais do arroz brasileiro. Apresentando o Projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro, ele falou sobre a distribuição do produto e também comentou sobre os países-alvo. Ao todo, são nove: Chile, Peru, Cuba, Espanha, Arábia Saudita, Jordânia, África do Sul, Angola e Nigéria. “Dentro deste projeto foram construídas várias ações, separadas em três fases. Na primeira, uma das bases de ação é capacitar indústrias e cooperativas para a internacionalização. E também, o desenvolvimento da imagem setorial e empresarial”, afirmou. A etapa seguinte envolve ações de inteligência comercial: saber como o país para onde vai o arroz se comporta e quem e como são os compradores, transmitindo as informações para as empresas que participam do projeto na intenção de capacitá-las. “Desta forma, as indústrias do Projeto de Internacionalização poderão levar suas marcas e sua qualidade. Essa é a marca do Brasil. O Brasil que hoje tem participação no mercado internacional. Hoje temos grandes chances de consolidação no mercado externo”, explicou Schwanke. A última fase são as ações de promoção comercial internacional. A marca do arroz que será exportado já tem nome: Brazilian Rice.

As empresas inseridas no Projeto de Internacionalização do Arroz são: Irmãos Trevisan – Cachoeira do Sul/RS, Pirahy Alimentos – São Borja/RS, Nelson Wendedt – Pelotas/RS, Cooperativa Arrozeira Extemo Sul – Pelotas/RS, Engenheiro Coradini – Dom Pedrito/RS, Cooperativa Tritícola Sepeence – São Sepé/RS, Coradini Alimentos – Bagé/RS , Cooplantio – Eldorado do Sul/RS, Cooperativa Arrozeira Palmares – Palmares do Sul/RS, Arrozeira Pelotas – Pelotas/RS, Molinos Rice – Guaíba/RS, São João Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Guacira Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Picinin Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Camil Alimentos – São Paulo/SP, Broto Legal Alimentos – Campinas/SP, Brasília Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, ATL Indústria e Comércio de Cereais – Nova Santa Rita/RS, Pilecco Nobre Alimentos – Alegrete/RS, Cooperativa Água Industrial – Rio Pardo/RS, Cooperativa Agroindustrial – Alegrete/RS, Zaeli Alimentos – Uruguaiana/RS, Expoente Corretora – Pelotas/RS, Felice Indústria de Arroz – São Pedro do Sul/RS.

André Anele, coordenador do projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro, também falou sobre o lançamento da Brazilian Rice na Expoarroz 2013. Segundo ele, o objetivo do projeto de cunho nacional é promover o arroz e seus derivados, como farinhas e flakes, no comércio internacional – a ideia vai além de apenas comercialização. “Haverá exportação, mas o foco é agregar valor ao produto arroz. Queremos destacá-lo através de certificações, tecnologias, inovação de produtos a partir dele e que também sejam vendidos no mercado internacional. Queremos ressaltar o Brasil como produtor de arroz e de seus produtos derivados, e que estes tenham rastreabilidade e certificações nacionais e internacionais. Pedimos que as empresas envolvidas aproveitem a capacitação e os demais auxílios oferecidos para se qualificarem. Buscamos o que o mercado pede”, disse. Em seu ano de nascimento, 2013 é momento de potencialização e possivelmente de geração de empregos dentro das empresas que compõem a Brazilian Rice. A agenda de capacitação iniciou em janeiro e continua até dezembro. E o coordenador estima que cada indústria, entre os dois semestres, deve agregar de dois a três novos funcionários, já que há a necessidade de trabalhadores que se dediquem apenas à questão de exportação. A partir do próximo ano, a expectativa é de que a nova marca esteja pronta para circular no mercado externo.

Marina Finestrali comentou sobre os estudos de capacitações técnicas relacionadas à exportação, de que faz parte. Alguns dos estudos são sobre fluxo de comércio, estrutura e evolução dos mercados mundiais e barreiras tarifárias dos mercados-alvo, consumo de alimentos, análise de concorrência e listagem de contatos de potenciais importadores. “A produção e o consumo de arroz estão crescendo. Vemos que a produção duplicou nos últimos 50 anos. Há muito mais arroz no mundo, por isso a busca das empresas no mercado externo”, apontou.

Marcos Oderich, diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e diretor do Sindicato das Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul abordou questões de mercado. O gerente comercial da Guacira Alimentos, Mário Pegorer, também focou no assunto: “neste momento conjuntural o arroz brasileiro não é competitivo, mas vale a experiência. O projeto e internacionalização é um ideal que nasce e que deve ser cuidado com muita atenção”.

Encerrando o debate deste painel, o pesquisador Júlio Centeno fez algumas observações sobre a internacionalização do arroz brasileiro. “‘Não basta entrar no mercado, é preciso garantir o mercado. O arroz que vai para fora é o que eles querem. Precisamos nos adaptar.” E acrescentou: “temos a qualidade ambiental na produção do arroz em nosso favor. Nossa lavoura de arroz é uma das mais bem equilibradas do meio ambiente. Não temos trabalho escravo e não temos trabalho infantil”.

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