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INAUGURADA USINA QUE GERA ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE CASCA DE ARROZ EM SÃO BORJA

Em ato realizado na tarde desta sexta-feira (25), em São Borja, foi inaugurada a maior Unidade Termelétrica de Biomassa (UTE) do Brasil. O empreendimento foi construído em uma área de 60 mil metros quadrados com recursos de R$ 60 milhões do grupo alemão MPC de Fundos de Investimento. Utilizando como matéria-prima a casa de arroz, a UTE consegue produzir 12,33 MW de energia, capaz de abastecer um município de 80 mil habitantes.

Estiveram presentes o secretário da Agricultura, Luis Fernando Manardi, que no ato representou o governador do estado, Tarso Genro, o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz,Claudio Pereira, o coordenador de Energia da AGDI, Eberson Silveira, o coodenador da Câmara Setorial do Arroz do RS, César Marques Pereira, o prefeito de São Borja, Mariovane Weiss, o prefeito de Itaqui, Gil Marques, o presidente da Agência de Desenvolvimento de São Borja, Francisco Rangel, o Diretor Executivo da MPC Bionergia Brasil, Albert Rancke e o diretor presidente da Pirahy Alimentos, Celso Rigo.

Conforme o presidente do Instituto Riograndense do Arroz (IRGA), Claudio Pereira, que também participou do evento, a iniciativa significa uma redução significativa no impacto ambiental causado pelo descarte da casca de arroz, considerada resíduo até então. “O que vemos aqui é a transformação de um problema ambiental em renda, uma riqueza que antes era descartada”, afirma.

Segundo dados da empresa responsável pela administração da UTE, com 96 mil toneladas de casca de arroz é possível atingir uma produção de 88770 MW/hora. A casca de arroz é fornecida por engenhos da região de São Borja, que fecharam contratos de fornecimento por 12 anos.

Para o Secretário Mainardi, além da resolução de um importante problema ambiental, a utilização de casca de arroz para produção de bioenergia demonstra o quanto é necessária a diversificação na produção de culturas como o arroz, destinando produto e subprodutos para outras utilizações como rações, produção de etanol, entre outras. “Essa é a intenção do Governo do Estado, permitir que o produto seja transformado dentro do Rio Grande do Sul, agregar valor ao que é produzido aqui”, destaca. “A cultura do arroz, como muitas outras, precisa se estabilizar e são iniciativas deste tipo que podem garantir isso”, concluiu Mainardi.

Fonte: IRGA

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