A conjuntura de produção e de mercados da orizicultura nacional é avaliada e detalhada no Anuário Brasileiro do Arroz 2017, que a Editora Gazeta acaba de lançar. A obra, em 104 páginas, fartamente ilustrada, com textos em português e inglês e circulação dentro e fora do País, terá distribuição massiva durante a Expoarroz, entre 9 e 11 de maio, no Centro de Eventos de Pelotas. Um dos mais tradicionais títulos no catálogo de agronegócio da Editora Gazeta, especializada em publicações voltados a cerca de 20 cadeias produtivas, o Anuário Brasileiro do Arroz salienta o bom momento de produção no País, mas enfatiza também que a rentabilidade não acompanha exatamente o resultado das lavouras.

O Brasil deve colher quase 12 milhões de toneladas de arroz em casca na temporada 2016/17. São nada menos que 1,4 milhão de toneladas a mais do que a colheita anterior, duramente castigada pelo clima. Mas essa pressão de oferta, em especial no primeiro semestre do ano, deve afetar o bolso do produtor, inclusive porque a conjuntura se mostra desfavorável à exportação, uma das vias de escoamento da produção, que tem apresentado incremento nos últimos anos. E a região Sul, com destaque no Rio Grande do Sul, tem o amplo domínio da produção e, logo, do suprimento do cereal. A região Sul detém 81,6% da produção brasileira. Só o Rio Grande do Sul, sozinho, colhe 71% da produção nacional, o equivalente a 8,48 milhões de toneladas, em 1,1 milhão de hectares, ou cerca de 75% das necessidades de consumo nacional.

Neste sentido, o desempenho impecável dos gaúchos está diretamente associado ao desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para a lavoura irrigada. E a região de Pelotas, através de eventos como a Expoarroz, tem contribuição decisiva na divulgação e na difusão dessas novas tecnologias, que a cada ano impulsionam os índices de produtividade e de qualidade do grão, em sintonia com as demandas apresentadas pelo mercado, e pelos consumidores, para os mais diferentes tipos de grãos e de finalidades industriais.