Com o intuito de compartilhar experiências e conhecimento entre os participantes do Fundo Latino-Americano do Arroz Irrigado (Flar), acontece até o dia 25 deste mês a décima edição da Gira Técnica Internacional.

O roteiro começou nesta quinta-feira (17) na Estação Experimental do Arroz (EEA), em Cachoeirinha, Região Metropolitana. Os 32 participantes, entre eles, produtores rurais, pesquisadores, agrônomos e dois diretores de associações de produtores, acompanharam ensaios de época de semeadura (chamados de bioclimáticos), de fertilidade, de início de irrigação e de controle de plantas daninhas, apresentados pelo gerente da Divisão de Pesquisa do Irga, Rodrigo Schoenfeld. O Irga e o Flar buscaram ressaltar durante o encontro os pontos primordiais que visam garantir o alto rendimento na lavoura.

“Faz mais de 30 anos que estes ensaios de época de semeadura começaram a ser feitos aqui em Cachoeirinha e o trabalho é conduzido em rede, todas as estações do Irga contam com os bioclimáticos e eles foram um dos diferenciais que possibilitaram o aumento da produtividade no Rio Grande do Sul”, declara o gerente.

Os participantes, que vieram de países sócios do Flar, como Honduras, Chile, Colômbia, Panamá, Equador e Venezuela, vão percorrer as principais regiões produtoras de arroz do Rio Grande do Sul durante oito dias para conhecer a tecnologia utilizada, focando também a rotação de culturas.

“Colocar o Irga como referência técnica na América Latina no que se refere ao arroz é muito importante e a Gira proporciona um grande intercâmbio de ideias. Acredito que o Irga tem muito mais a dar do que a receber, mas acho que, quando estamos abertos para estreitar relações, sempre aprendemos alguma coisa também”, ressalta Luciano Carmona, consultor do Flar no Brasil.

O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção do cereal no Brasil. Os participantes avaliaram como positiva a visita à Estação Experimental do Irga. “O que nós vimos aqui é o que nós queremos como produtores, ter algo que se adapta a cada data. Tudo que presenciamos, vimos com bons olhos, como forma de aprendizagem”, avalia o produtor rural de Honduras, Humberto Zonega.